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“Logística tem que ser discutida de forma sistêmica”, defende Prof. Jorge Campos

Diretor da Faculdade de Estudos Sociais da Universidade Federal do Amazonas, o administrador e professor Antonio Jorge Cunha Campos foi o palestrante do III SInEGEPE Mato Grosso do Sul. “Empreendedorismo e pequenas empresas: Inovação e logística como propulsores do desenvolvimento” foi o tema da palestra. Com mais de 20 anos de estudos sobre logística, o professor defendeu a integração para, finalmente, se construir uma infraestrutura que atenda aos interesses do país.

Para o professor, a logística precisa ser discutida de uma forma sistêmica levando em consideração as características regionais. Hoje, 62% da matriz de transportes, no país, está baseado no modal rodoviário. Campos defende que, pelo menos 25%, deveria estar no modal ferroviário.

“A sociedade que não consegue criar uma infraestrutura capaz de dar mobilidade a produtos e pessoas não consegue se desenvolver. O desafio é a construção da infraestrutura dentro de um ambiente integrado. Instituições de ensino, governo e empresas deve se juntar para analisar o que cada região ou município produz. Assim, identificamos o veículo e o modal apropriados”, pontuou o professor e pesquisador.

Mato Grosso do Sul, de acordo com Jorge Campos, tem uma identidade no setor produtivo, mas peca pela falta de infraestrutura adequada para suas necessidades. A grande aposta, na avaliação do professor, é a Rota de Integração Latino-Americana (Rila). “É necessário buscar a rota de integração. Assim, Mato Grosso do Sul vai conseguir acessar o Pacífico. Essa saída é estratégica para chegar aos mercados asiáticos”, defendeu.

O professor aponta, ainda, a melhor exploração do modal aquaviário como um ponto a ser explorado pelos empresários sul-mato-grossenses. “A navegação no Rio Paraná é viável e deve ser mais usada”.

O SInEGEPE foi organizado pelo Conselho Regional de Administração de Mato Grosso do Sul (CRA-MS) e pela Associação Nacional de Estudos em Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas (Anegepe).